Formação de médicos tem que mudar para fazer frente aos desafios da medicina sexual

Pacientes LGBTQIA+ ainda sofrem com preconceito e falta de inclusão em ensaios clínicos Com esta coluna, encerro minha cobertura (e reflexões) sobre o 23º. Congresso da Sociedade Internacional de Medicina Sexual. Quem quiser conferir o que já foi publicado pode clicar nos links para ler os textos de quinta-feira passada, domingo e terça. Depois de assistir a diversas apresentações, está claro para mim que a formação dos médicos precisa de uma profunda reformulação, para fazer frente à complexidade das questões sexuais que emergem e, principalmente, assegurar um tratamento sem preconceitos que respeite a diversidade.

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'Sempre achamos que sabemos do que o paciente precisa. Até nos tornarmos o paciente', diz médica

Reabilitação sexual como parte do tratamento oncológico é tema de congresso internacional “Sempre achamos que sabemos do que o paciente precisa. Até nos tornarmos o paciente”, afirmou a epidemiologista Muthoni Mate, pesquisadora-chefe do Centro de Saúde Pública do Quênia, lembrando o diagnóstico de câncer de mama que recebeu em agosto de 2016: “aquilo me quebrou por dentro”. No entanto, em seu segundo ano de remissão da doença, depois de cinco anos de hormonioterapia, a médica se tornou militante de uma abordagem mais ampla no tratamento da doença, como explicou em sua apresentação no 23º. Congresso da Sociedade Internacional de Medicina Sexual:

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Congresso mostra a desigualdade sexual existente no mundo

No Quênia, a população ainda se vale de curandeiros. Na Dinamarca, o Projeto SEXUS visa a implementar políticas públicas mais eficazes na área da sexualidade Assim como na quinta-feira, quando abordei a síndrome geniturinária da menopausa, continuarei a tratar de questões que vieram à tona no 23º. Congresso da Sociedade Internacional de Medicina Sexual, que acompanhei on-line. No entanto, a coluna de hoje não será sobre uma apresentação específica, e sim sobre como um evento desse porte, com especialistas dos quatro cantos do planeta, deixa muito claro o tamanho da desigualdade que existe também no sexo.

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Síndrome geniturinária, pesadelo da menopausa

Para especialista, apenas entre 5% e 15% das mulheres relatam os desconfortos que enfrentam “A síndrome geniturinária da menopausa é a condição mais frequente que se vê no consultório e, ainda assim, não recebe a devida importância”, afirmou a médica Rachel Rubin, urologista, especialista em medicina sexual e professora da Georgetown University. Ela era uma das participantes do 23º. Congresso da Sociedade Internacional de Medicina Sexual, realizado na semana passada em Miami, que acompanhei on-line. Para quem não ligou o nome ao pesadelo que é vivido pela grande maioria das mulheres, trata-se do conjunto de sinais e sintomas decorrentes da baixa de estrogênio no organismo, trazendo grande impacto na função sexual e qualidade de vida.

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Em qualquer tratamento, as palavras importam. E muito

Pacientes que lutam contra a obesidade e o uso de substâncias que causam dependência são vítimas de termos estigmatizantes Lutar contra a balança. Vencer o consumo excessivo de álcool ou outras drogas que viciam. Quem enfrentou o problema ou conhece alguém nesta situação sabe como esse é um caminho tortuoso, no qual abundam obstáculos. E as palavras importam, muito. A questão vai além do politicamente correto: termos estigmatizantes prejudicam o tratamento e põem em risco a qualidade de vida dos pacientes. No estudo “Say what you mean, mean what you say: the importance of language in the treatment of obesity”, publicado na revista da Sociedade Americana de Obesidade, pesquisadores mostraram como a linguagem negativa é amplamente utilizada no tratamento dos pacientes, comprometendo o relacionamento com os profissionais de saúde e o engajamento na batalha para perder peso. A própria terminologia empregada nos trabalhos sobre cirurgias bariátricas embute uma carga pejorativa, com o uso de palavras como “fracasso” e “morbidez”.

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Instituições para idosos LGBTQIA+ que respeitam a orientação sexual dos indivíduos na velhice

Na França, a primeira “casa da diversidade” será aberta em Lyon em 2024 “Maisons de la diversité”, ou casas da diversidade: o projeto de instituições para idosos LGBTQIA+ deve se tornar realidade nos próximos anos. Na França. A primeira residência com este perfil será inaugurada em Lyon, em 2024, para pessoas acima dos 55 anos portadoras de HIV e em situação de vulnerabilidade. No início de outubro, o “départment” (o equivalente aos estados brasileiros) de la Seine-Saint-Denis anunciou que vai avalizar a criação de “habitações inclusivas”.

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Nasa faz imagem do sol 'sorrindo'; veja a foto

As manchas são conhecidas como buracos coronários (ou seja, em formato de coroa). Imagem do sol divulgada pela Nasa

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Documentarista registrou o suicídio assistido do pai

O que seria um arquivo familiar se transformou num memorial que ganhou as telas ao discutir o fim da existência Ondi Timoner é uma festejada documentarista norte-americana, vencedora duas vezes do Grande Prêmio do Júri do Festival de Cinema de Sundance. No entanto, sua mais recente obra traz um registro bem diferente dos trabalhos anteriores: quando o pai fez a opção pelo suicídio assistido, ela decidiu que filmaria a despedida para, como contou ao jornal “The New York Times”, guardar um pouco dele: “entrei em pânico, não conseguia imaginar perder o homem mais importante da minha vida e queria preservá-lo de alguma forma”. A escolha do patriarca de 92 anos, vítima de doença terminal, foi amparada pela California End of Life Option, lei existente desde 2016. A mulher, Lisa, e os três filhos seguiram o protocolo que acompanha o procedimento e tem a duração de 15 dias, durante os quais ele confirmou suas intenções, foram feitas inúmeras reuniões por Zoom com os amigos, até a preparação do coquetel de drogas que parou o coração de Eli Timoner. Ondi documentou tudo no filme “Last flight home”, em cartaz nos EUA.

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Há doenças tratáveis cujos sintomas “mimetizam” o Alzheimer

Infecções urinárias, delirium e deficiência de vitamina B são alguns quadros que podem ser confundidos com demência Temos tanto medo do Alzheimer que qualquer mudança de comportamento de um idoso próximo faz disparar luzes de alerta. Embora toda alteração física, emocional ou mental mereça atenção, há doenças tratáveis cujos sintomas se assemelham a quadros de demência. Uma delas é a infecção do trato urinário, prevalente entre os mais velhos e combatida com antibióticos. Idosos apresentam menos sintomas – como febre, dor ao urinar e urgência em ir ao banheiro – mas podem ocorrer problemas como agitação, dificuldade de concentração, estado de sonolência, alucinações, além de perda de apetite, incontinência recente e até quedas. Medicamentos anticolinérgicos (anti-histamínicos, antidepressivos tricíclicos, remédios para Parkinson, entre outros) também têm o potencial de desencadear efeitos colaterais semelhantes a um quadro demencial. Entretanto, suspender o uso ou alterar sua dose só devem feitos sob supervisão médica.

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A família que ajudou a desvendar origem genética da esquizofrenia

Em meio à beleza agreste de Colorado Springs, nos EUA, Don e Mimi Galvin eram a personificação do sonho americano no pós-guerra: uma família feliz com 12 filhos lindos e fisicamente saudáveis. O problema, porém, estava na mente (e nos genes) deles. Um dia, em 1972, em Woodmen Valley, um lugar cheio de florestas e terras agrícolas entre colinas íngremes e planaltos no Estado do Colorado, nos Estados Unidos, duas pessoas saíram de casa pela porta que levava ao quintal.

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